Toda segunda-feira, sou uma história que tento contar para mim. Conto as tarefas que vou repetir, as angústias a revisitar, os planos redesenhados e já abandonados e as saudades que imediatamente começo a sentir de dias que posso ser. Sinto pena das minhas penas e elaboro saídas que nunca chegam ser claramente mapeadas.
Começo a semana extenuada do trabalho inútil. Mas não encontro solução a não ser me encantar ou enganar por mais alguns dias, Sherazade de longos dias.
As pessoas devem procriar, drogar-se, escrever romances, fazer plásticas ou se alistar no médicos sem fronteiras apenas para evitar esse torturante quarto de hora semanal. Para evitar listas mentais de prós e contras, sem justificativa, apenas seguir. Sem chance de voltar atrás.
Deve ser por isso, por causa da segunda-feira.
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