Um céu sem arco-íris. Exposição Pinacoteca de SP. |
Na ciência, bons experimentos começam com boas perguntas. Na vida, longas semanas começam com péssimas perguntas, do tipo qual é o sentido para isso tudo. Todas as ciências deveriam reconhecer os avanços proporcionados pelas reflexões de segundas-feiras.
A Teoria do Big Bang deve ter sido formulada numa segunda-feira, dia em que dá vontade de explodir tudo. Bem como a Teoria da Relatividade. Einstein percebeu como nesse dia o tempo passa tão devagar em relação ao final de semana. Freud deve ter descrito boa parte de suas teorias de repressão psicológica na segunda-feira.
De qualquer modo, questões filosóficas sempre me infernizaram, independente das segundas-feiras. E a busca de respostas para o sentido de dias que se enfileiram tem se tornado cansativa.
"Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é uma experiência de estar vivos, de modo que nossas experiências de vida, no plano puramente físico tenham ressonância no interior do nosso ser e da nossa realidade mais íntimos, de modo que realmente sintamos o enlevo de estar vivos", simplificou Joseph Campbell, estudioso de mitologia norte-americano.
Talvez seja a vida um arco-íris. Um equilíbrio delicado de circunstâncias. Ninguém questiona a finalidade. É apenas inevitável maravilhar-se com o resultado. Uma ilusão de óptica dependente da posição do observador, impossível localizar onde começa ou termina.
Convido minha alma a abafar a curiosidade e apenas deleitar-se com as cores da paisagem.
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