quinta-feira, 1 de julho de 2010

Hoje estou assim... por quem os sinos dobram

Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.
John Donne, poeta inglês do século XVI

"É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado,
Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais"

Na versão do eu fumeta preferido, Raul Seixas

3 comentários:

  1. "cada outro é como outro. (...) Assim, nos divertimos e entretemos como impessoalmente se faz; lemos, vemos e julgamos sobre a literatura e a arte como impessoalmente se vê e se julga; também nos retiramos das grandes 'multidões' como impessoalmente se retira; achamos 'revoltante' o que impessoalmente se considera revoltante. O impessoal, que não é nada determinado, mas que todos são, embora não como soma, prescreve o modo da cotidianidade". (Heidegger, Ser e Tempo)

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  2. Juju, como vai você?
    Os sinos dobram por quem escreve. Se convence as paredes, não levamos os nossos pedaços da humanidade conosco e preservamos a riqueza do detalhe. Mas a quietude é coragem, aponta o caminho e é quando os sinos tocam por nós.
    Abraços,
    Plínio

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  3. Gostaria de manter a quietude que aprofunda a alma e nos liga a outros continentes. Mas minha alma não é silenciosa, é afobada, ri alto e fala palavrões. O exercício é calar a agitação e aceitar a impessoalidade que nos permite sobreviver. Escuto sinos dobrarem, mas ainda bem ao longe.

    Obrigada Martinha (preciso de mais textos) e Plinio.

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