quarta-feira, 5 de maio de 2010

Escrita de transbordo



Escrever é transbordar a alma. Meu transbordar tem a violência de cheias ao fim da tempestade. Não cabe em comportas de fingimento.

Sobram os leitos da minha prosa débil. O seu percurso irriga campos e busca desaguar em mares de calmaria.  Agradeço aos navegantes que arriscam percorrer minhas águas turvas.

Luto para preservar a fonte cristalina ameaçada pelo desejo de esgotar o ser.

2 comentários:

  1. Meu anjo, agradeço a ti por transbordar sua alma, que ora nos escapa pelos dedos, ora inunda nossos olhos..
    E não são em águas turvas que navegamos e sim lágrimas purificadas.
    Carrego flores em meu barco e colho as pétalas do seu leito.
    Cafi

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  2. Obrigada por me acompanhar. Espero que a gente possa pacificar nossas águas e alcançar a imensidão azul do mar, o mais rápido possível.

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