terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Des-amores

Remoer amores frustrados é como procurar num quarto, há muito fechado, algo precioso que não está mais lá. Nos meus cômodos bagunçados, só encontro pedaços de quebra-cabeças que não se completam. Sempre faltou ou sempre se perdeu, ficaram peças de mim coloridas pelos cantos de outras pessoas. Com todas elas, encontram-se pedaços de mim que um dia tanto me foram caros.

Sou conversas não proferidas, mensagens apagadas, e-mails não enviados, desejos não realizados. Daquilo que foi é o que sou. Sou o que se perdeu.


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