segunda-feira, 24 de março de 2014

Quando ser abduzido, virou bom negócio

Sabe a cotação do dólar, mas não imagina o preço do feijão. Defende o porte de armas,  mas esculacha quem porta um baseado no bolso.

É moderninho, descolado, da balada, mas odeia gays e lésbicas. É negro e faz trabalho social,  mas não sai dos Jardins por que São Paulo é violento.

Reclama dos preços de carros blindados,  mas comemora quando a polícia mata seis no seu bairro. Defende linchamento de trombadinhas, mas ainda sonha com um mundo melhor para os seus filhos.

É a Marcha da Família Dando Ré e nos atropelando todos os dias. Além daquelas violências que pingam sangue no noticiário,  são as pequenas violências de uma cidade cada vez mais retrógrada.

Alguém apaga a luz que esse mundo está uma merda!  Volta e vamos recomeçar. Do começo.

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