terça-feira, 24 de agosto de 2010

O relógio do meu avô

Meu pai, todo dia, pela manhã e tarde, dá corda ao relógio de bolso que foi do seu pai. Espio seu ritual, sentado em sua mesa de trabalho. O brilho da prata restaurada, luxo que um ex-pedreiro pode adquirir. O barulho das engrenagens solicitadas.

E é a minha alma que pulsa comovida. Porque ao coração também se dá corda, enlaçando ternura e admiração que tempo de relógio algum pode arrefecer.

4 comentários:

  1. Que alegoria, bonita. Super delicado.

    Beijos,

    Bela - A Divorciada

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  2. Obrigada, Belinha. A alegoria é toda do meu pai, muito meigo. Beijo.

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  3. Po jUJU SUMIU!!! Logo agora que to cheio das novas hehehe
    Coisas de pai pra filho, bacana esse valor sentimento das lembranças.
    Paulo

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  4. Maravilhosa engrenagem envolvendo o passado e o presente. Adoro tuas poucas palavras com muitos sentimento.

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