sexta-feira, 30 de abril de 2010

Carta a uma Monga Executiva

Esses dias, meio de farol baixo, não aguentei, tomei coragem (coragem mesmo, porque ela escreve tudo o que eu queria dizer nesse mundinho corporativo) e consultei minha Monga Executiva (http://amongaeaexecutiva.blogspot.com/):

Monguita,

Já me sinto tão íntima lendo suas aventuras e desventuras, veja só!

Sou também um bicho que confunde no meu ambiente corporativo. Uma jornalista que coordena uma equipe de engenheiros, químicos e demais técnicos. Diria que é ame ou deixe-me.

Mas ultimamente, ando tão mocinha, que troquei meus surtos de fala desenfreada, em situações de stress, por umas lágrimas que insistiram em correr já duas vezes durante reuniões. Cruzes, que uóóó!! Confesso que nisso os homens me encantam no trabalho, odeio mulher chorando depois de um puxão de orelha gerencial.

Você já passou por isso? O que a gente faz? Corre para o banheiro? Alega um ataque de rinite monstro relâmpago? Entrega: sou mocinha mesmo, e daí? Ou abraça os coleguinhas e troca lenços de papel?

Aliás, tem dia que o melhor a fazer é só chorar, ou não?

Socorrooooo!

Juju

E do alto da sua clareza, minha querida Monga mudou a minha dura visão de lágrimas correntes nas mesas de reunião da vida (http://amongaeaexecutiva.blogspot.com/2010/04/salve-juju.html)

Espertíssima, ela resumiu: "o choro, ainda por cima institucionalizado e com platéia masculina, confere às mulheres aquele ar necessário pra exercer a fidalguia executiva. É como se todo ato que vem depois pudesse ser atenuado pelas lágrimas d'antes derramadas".

Não é o máximo, essa pessoa?

Querida Monga, já estou com minha caixinha de lencinhos em cima da mesa.

Obrigada!

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