terça-feira, 1 de março de 2011

Troque seu PA por uma corrida no parque

Ultimamente, troquei  tentativas de manter um PA (quem não sabe o que é, pergunta prasamiga) por dois belos companheiros. São novinhos, bonitos e muito divertidos. Eles me levam onde quero. Já me deram alguns tombos, mas nada que não se possa resolver com um pouco de Gelol.

Sou a nova proprietária de um lindo par de patins, meu presente de aniversário muitíssimo adiantado. Estou feliz que nem criança. E o que isso tem com PA? É a tal da endorfina, neurotransmissor, liberado em atividades físicas, que geram euforia e bem-estar. Troquei sessões de sexo selvagem (ai, se mamãe me lê agora) por suaves deslizadas em dias ensolarados. O texto das coleguinhas vizinhas do 3xtrinta me fez pensar no assunto.

A sabida Paty chamou atenção para o fato de que, mesmo em relação à PA, "quando trata-se de algo assim, digamos, tão solto, deve haver ainda mais sinceridade. Se pararmos para observar, tem muito relacionamento informal onde impera muito mais respeito e sinceridade que vários namoros ou casamentos certinhos por aí". Sei bem do que ela fala, visto que fui casada com um hipócrita com discurso mais convincente do que muito santo.

Mesmo depois que me separei, a maioria dos homens que me relacionei era mais complicada que a minha avózinha de quase 90 anos. Carência, ciúmes, imaturidade, falta de transparência foram alguns defeitinhos incontornáveis para a manutenção de uma relação adulta. Mesmo eu me apegando mais fácil que chiclete no cabelo, achei que não valia a pena insistir.

A reclamação entre a mulherada é recorrente. Homem não sabe lidar com mulher independente, que tem casa, carreira, amigos e interesses próprios. E se ela quer apenas uma boa companhia, dá curto-circuito. Eles não estão preparados para exemplares do sexo oposto com os mesmos desejos desinteressados que eles, mesmo que eles não queiram compromisso. Enquanto a gente se liberta do estigma de que mulher é feita para casar, eles ainda estão começando a notar que alguma coisa já mudou.

Tive muito trabalho para me recuperar de um casamento horroroso. Mesmo assim, ainda acredito na união entre duas pessoas. Adoro conhecer histórias de casais felizes, observar velhinhos de mãos dadas, me emocionar em casamentos. Mas tudo isso vale a pena se tiver no mínimo transparência e companheirismo. Enquanto, não encontrar essas qualidades em outra pessoa, libero minhas endorfinas em deliciosos e desengonçados passeios sobre patins. E você, não sabe patinar? Vai correr, pedalar, escalar, dançar, ser feliz!

P.s.: PA= ponto de apoio, tradução da lindinha Bela

5 comentários:

  1. Tbm já fui casada e agora: vou ao cinema sozinha rs. E feliz da vida. Adoro a sensação de sentar-me num restaurante ou lanchonete antes da sessão, coisa que tempos atrás nem imaginava fazer. O divórcio realmente me "libertou".

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  2. Juju ! Que máximo essa sensação de liberdade que vc traduziu. Estou em processo de separação , mas nem por isso deixo de viver e sigo assim como vc disse , feliz , no parque , liberando minhas endorfinas numa caminhada leve e suave todos os dias para me lembrar de que estou viva e acredito no amor sempre !

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  3. Hahaha!!! Amei a citação!!! Até eu estou aqui!!! Com a tradução de PA, que luxo!!!

    Força nos patins!!!

    Beijo grande, thanks,

    Bela - La Divorciada

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  4. Ju Florzinha...O que é PA?????Eu como um avestruz,vivo com o lindo rostinho enfiado na terra e vivo perdendo o bonde...Avoadisses a parte,o que vem a SER PA??????Ainda não tinha escutado tal expressão....Bjooooo da Chefinha

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  5. Elaine, adooooro sair sozinha, ter meus insights, meu tempo, me curtir. O saco é que sempre tem um mané que acha que mulher sozinha está disponível. Que bom que está se curtindo.

    Van, vamos fazer mais fotossíntese e liberar mais endorfinas. Força nesse momento delicado.

    Belinha, sutileza pura sua tradução de PA. Adorei!

    Chefinha, PA esclarecido em chat, né? E registro novamente meus votos de feliz aniversário. Força na colher de pau.

    Beijocas

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